Na manhã deste domingo, 16 de dezembro de 2012, o Sport Club Corinthians Paulista entrou para a história do futebol mundial ao derrotar, no Japão, a equipe do Chelsea-ING por 1 a 0, e levar o Mundial de Clubes da FIFA. Se levarmos em conta o primeiro mundial disputado com a chancela da entidade máxima do futebol, em 2000, o Corinthians pode se considerar bicampeão do torneio. Mas como a atual conquista veio através da conquista da Taça Libertadores da América, o sabor é especial.
Desde a conquista do título sul-americano, no meio do ano, Tite veio moldando o time para chegar no ápice da forma física e técnica para a competição intercontinental. Daquela época, só perderam o meia Alex, para o futebol do Qatar, e o atacante Liédson, para o Flamengo. Em compensação, chegaram dois atacantes. O argentino Martinez e o peruano Paolo Guerrero, supriram a principal carência do elenco do Parque São Jorge, e com o passar dos meses começaram a conquistar o seu espaço no time titular.
(Imagens do jogo entre Corinthians e Chelsea-ING, onde o clube brasileiro venceu por 1 a 0)
Quando a equipe chegou ao Japão, na semana passada, o Corinthians veio embalado por um bom fim de Campeonato Brasileiro, onde todos os jogadores tiveram oportunidade de mostrar serviço e qualificação para estar na lista final. Aqueles que conseguiram se enquadrar no rígido e disciplinado esquema tático de Tite foram contemplados com a ida ao oriente, onde o time almejava o maior título de sua história centenária.
No primeiro jogo, contra o Al Ahly - EGI, a equipe foi a campo no já tradicional 4-2-3-1. A marcação na saída de bola do adversário, a disciplina tática dos jogadores e o oportunismo de Guerrero no comando de ataque foram a marca do time em campo, que mesmo sem jogar bem, venceu a partida por 1 a 0 e se classificou para a final, contra o Chelsea. O time foi a campo com Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo, Douglas e Emerson; Guerrero (foto).
Para a final Tite resolveu mudar a equipe, para melhorar o poder de recuperação, sobretudo nas laterais, onde os rápidos Mata e Hazard eram a preocupação do treinador corintiano. Jorge Henrique entrou no lugar de Douglas (foto), e a equipe passou a partida alternando o 4-2-3-1 com um 4-2-4 e um 4-2-2-2, sempre com uma compactação muito forte, marcação forte e velocidade na saída de bola. E em uma dessas saídas, aos 24 do segundo tempo, Guerrero foi oportunista e marcou de cabeça o gol do título: 1 a 0 para o Corinthians, que só precisou administrar o resultado, apesar de ter tomado alguns sustos dos londrinos.
Essa conquista do Mundial de Clubes serve como um parâmetro para um bom trabalho de longo prazo, feito com muita paciência e dedicação de seu treinador, que passou por várias fases turbulentas no clube, conseguiu se manter e hoje sobe um patamar na galeria de grandes treinadores do futebol brasileiro. Um treinador com a cara do Corinthians, só podia dar nisso.